sábado, 23 de fevereiro de 2013

ITORORÓ, O CÂO GUIA

 
 Lola, a bela collie ( foto: elaine borges)

ITORORÓ (*)

Chegamos a Joaçaba vindos do Oeste catarinense. Nada conhecíamos além da rua em que morávamos. Mas a vida cobrava movimento – compras, alimentos, contas a pagar. Sempre pronta a prestar cuidados e também a viver aventuras, Maria, nossa mãe/irmã emprestada, oferecia-se a desvendar a cidade.
Como não se perder? Como garantir o retorno? Itororó, o cachorro da família foi quem resolveu o problema. Assim que Maria pegou a bolsa para sair, ele se colocou ao lado dela e pouco depois se pôs à frente, num passo resoluto de quem sabe aonde vai e o que faz.
Juntos atravessaram a ponte que separava a rua do centro maior e correram a cidade, resolvendo as pendências urgentes. Na hora de voltar, sentado na calçada à espera de um sinal, Itororó olhou firmemente para Maria e tomou a dianteira.
Juntos chegaram a casa, sem qualquer dificuldade. Assim foi por muito tempo; até que todos conhecessem bem os caminhos da nova terra, Itororó mostrava o roteiro.
Mas teve um dia em que choramos muito: Maria chegou em casa sozinha. “Procurei Itororó em todas as ruas em que estivemos e não encontrei mais. Acho que ele se perdeu ou foi roubado.”
Não podíamos nos consolar; mais que nosso cão, ele era nosso maior amigo. Ninguém queria dormir naquela noite, a ansiedade a dominar o sono.
No dia seguinte, pouco depois das oito horas, todos já reunidos para as atividades do dia – com os olhos vermelhos das lágrimas e do sono não dormido –, um latido fez com que corrêssemos para a porta. Era Itororó: ficara preso numa loja em que Maria estivera perto das seis horas e que fechara as portas tão logo Maria se afastara, e não pudera acompanhá-la. Abertas as portas do comércio, voltara para casa e para nossos abraços.

(*) Continuando as deliciosas histórias da Clarmi Régis, nos conta parte de sua vida onde os animais são os principais protagonistas.E a bela Lola entra na história apenas para enfeitar o post.

OS COMPANHEIROS DE VIAGEM


O amor aos animais, que, em mim, é quase natureza, não sei se nasceu comigo ou veio de meus pais.
Atendendo a teu convite, Elaine, vou contar um pouco de meu convívio com nossos companheiros de viagem.
Começo lembrando situações que moldaram os meus valores e, mais que tudo, a compreensão que desenvolvi sobre quem eram meus pais.
Quando meus irmãos e eu éramos muito pequenos, moramos por algum tempo em Águas de Chapecó, então uma pequena vila no Oeste catarinense. Tínhamos dois cachorros, Itararé (do qual pouco me lembro – era um lindo cão de pequeno porte) e Itororó, um grande policial, nosso companheiro por muitos anos. (Acredito que os nomes tenham sido inspirados nas batalhas da Guerra do Paraguai. Sobre eles, falarei em outro momento.) Fazia parte da família também a gatinha Nenê (uma dengosa mocinha de pelo todo branco e olhos curiosos).
Em nossa mudança para Joaçaba, vieram todos juntos – Nenê no colo de um e de outro, dentro de uma fronha para não arranhar ninguém.
Solta em nossa nova casa, com um terreno imenso para desbravar, logo Nenê teve sua primeira ninhada, quatro filhotes que se espalhavam pelo quintal.  Quando os pequenos estavam com dois para três meses, apareceram infestados de pulgas. Minha mãe, muito preocupada, aspergiu Detefon (lembras desse veneno?) na mamãe e na gurizada. Dali a pouco, começaram a se lamber e gemer. Assustada, minha mãe percebeu que estavam envenenados e, em lágrimas, começou a cuidar da prole: leite pela boca, banho rápido em todos eles, secagem com panos quentes. Passou o dia nessa atividade, para a qual convocou toda a família. Foi um Deus nos acuda.
 Conseguiu salvar a maioria dos filhotes e também a aventureira Nenê, que continuou sendo o dengo da família.

Tinha eu talvez seis anos quando me deparei com meu pai ajoelhado no chão do terreno que fazia os fundos da casa. Dele me aproximei intrigada e vi entre seus dedos um besouro – coisa que me causou estranheza, pois eu não era muito chegada a insetos (ainda tenho algumas dificuldades). Vendo minha curiosidade, ele me explicou: “- O pobrezinho está com as patas presas com fios de cabelo; assim não vai conseguir voar e logo, logo morrerá. Estou tirando com cuidado”. Feito isso, colocou delicadamente o bichinho num canteiro ao lado. Ficamos esperando o resultado da operação: pouco a pouco o besouro foi distendendo as patas, sacudiu as asas e voou para longe. Meu pai sorriu satisfeito.

Esses eram meus pais e assim sua relação com os animais.(*)

(*) Clarmi Régis, escritora, grande amiga, conta momentos de sua vida onde os animais estão sempre presente. Visitá-la  também significa conviver com seus gatos e cachorros que ela, sempre que pode, acolhe e dispensa especial carinho.

BABY CURTINDO O SOL

 
Baby ( foto: elaine borges)

Este monte de pêlos aí é a Baby muito à vontade curtindo sol do fim da tarde.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

BABY, A GATA REDONDA

 
Baby (foto: elaine borges)

Foi só um susto: a Baby já está bem. Foi medicada com cortisona. Bastou uma injeção para ela melhorar rapidamente. Hoje, curtiu a tarde assim: enroladinha sobre os lençóis. É uma fofura essa gatinha peluda.      

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A MENINA, A MEG E O WALL-E

 
 
 
Os três amigos ( fotos: Joana DeLazzari)

Essa turma ai foi toda adotada. A S. Bernardo é a Menina, a com cara de safadinha é a Meg e o pequeno que adora tomar água na pia ( como a Baby cá da casa) é o Wall-E. Todos moram em Sambaqui. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A BABY ESTÁ DOENTINHA

 
 Baby - ( foto: elaine borges)

A amiguinha de quatro patas está com uma alergia. De que? Ainda não sabemos. Amanhã irá fazer nova consulta. A veterinária sugeriu medicá-la com cortisona. Como tomo esse anti-inflamatório há 25 anos, sei dos efeitos colaterais, mas também dos seus benefícios. Há informações de que nos gatos os efeitos colaterais são mais leves. Vamos ver. São Francisco está protegendo-a.